segunda-feira, 29 de junho de 2009

Iberê Camargo




Sábado fomos ao Museu Iberê Camargo assitir uma palestra sobre fotografia com o renomado professor e fotógrafo Luiz Eduardo Achutti ...
Ele falou principalmente sobre sua experiência privilegiada em fotografar dois importantes nomes das artes plásticas no Rio Grande do Sul: Xico Stockinger e o próprio Iberê Camargo.
Duas personalidades diferentes, duas maneiras diferentes de fotografar os artistas.
Iberê em preto e branco com máquina tradicional e filme 35mm .
Xico a cores com máquina digital.
Os resultados foram fantásticos.
Quem não foi perdeu... uma grande palestra, uma grande aula.
Depois ainda fomos brindados com uma visita ao laboratório de gravuras na Fundação.
Lá vimos de perto o processo de transmutação da fotografia em gravura... belo resultado.
Como não poderia deixar de ser, aproveitamos a "viagem" à capital para visitar a exposição...
que estava com uma nova configuração. Alguns desenhos a lápis do Iberê, muitos auto-retratos, os ciclistas, os idiotas... Valeu muito!
Qume quiser dar uam conferida o site da fundação Iberê Camrgo é http://www.iberecamargo.org.br/
Nada melhor para uma manhã gelada de sábado do que um passeio cultural.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Templo do Khadro Ling - Três Coroas-RS



Benefício da visita ao templo

S. Ema. Chagdud Tulku Rinpoche
Certa vez, um visitante perguntou a S.Ema. Chagdud Tulku Rinpoche como ele poderia se beneficiar com a visita ao templo do Khadro Ling. Rinpoche respondeu:Existem muitas tradições religiosas e todas têm seus objetos de oração. Como fazemos, então, para receber o benefício?


Assim como precisamos de uma vasilha virada para cima para colher a água da chuva, da mesma forma precisamos abrir o nosso coração e mente para as bênçãos de compaixão, sabedoria e poder dos seres iluminados. Essas bênçãos são enviadas a todos, ricos e pobres, bons e maus.


A energia dos seres iluminados é como o sol, brilha imparcialmente sobre todos os seres, sem exceção; porém, para que se veja o brilho do sol, é necessário abrir os olhos. Para sentir seu calor, é preciso expor-se à sua radiação. Da mesma forma, para receber as bênçãos dos seres iluminados, é necessário abrir nossos corações.Abrir o coração significa ter fé. Quando rezamos, colocamos a vasilha virada para cima para receber a água da chuva; abrimos os olhos para ver o brilho do sol.


Este templo foi construído com o propósito de beneficiar todos que o vêem, que escutam falar dele ou até mesmo que ouvem o vento soprando por suas paredes; todos que caminham sobre seus pisos ou que se lembram dele.O templo é um receptáculo para a energia iluminada do corpo, da fala e da mente. As pessoas podem visitar o templo como turistas que querem ver uma novidade e objetos interessantes. Podem, também, vir com a intenção de encontrar alívio para situações difíceis como problemas físicos, emocionais, financeiros ou de relacionamentos, que são parte integrante da nossa condição humana.


Se rezarmos com fé e invocarmos as bênçãos poderosas dos seres iluminados, poderemos superar obstáculos para nós, como indivíduos e para a nossa cidade, nosso país, para este planeta e para este universo. Ninguém quer sofrer. Todos querem alívio, e o alívio começa ao entendermos que a fonte do sofrimento são as nossas próprias ações, palavras e pensamentos negativos. Especialmente os nossos pensamentos! Nossas ações e palavras seguem o movimento dos pensamentos.


A fonte do sofrimento pode ser purificada quando vamos a uma igreja ou a um templo, rezamos com profundo arrependimento, fazemos o compromisso de não repetir os erros e pedimos pelas bênçãos de absolvição dos seres iluminados.


Ao reconhecer que a fonte da felicidade é a virtude, o templo oferece uma oportunidade para se fazer oferendas de água, lamparina, incenso e flores. Os seres iluminados não precisam dessas oferendas, mas, pela generosidade da sua ação você cria méritos, que são a fonte de felicidade. A sabedoria da realização espiritual surge do mérito, como também o bem-estar e prosperidade presentes e futuros.


Por fim, as orações que oferecemos com intenção pura e compassiva e a virtude que elas geram são incrementadas pela dedicação. Ao invés de nos apegarmos às nossas virtudes, com um coração aberto as oferecemos para o benefício de todos os seres. Dedicar a nossa virtude dessa forma assegura não só que ela jamais será exaurida como também que se expandirá continuamente. Assim, um único ato de uma visita ao templo pode se tornar uma fonte de bondade para todo o universo.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Namastê

Namastê ou namasté é um cumprimento ou saudação falada, bastante comum no Sul da Ásia. Namaskar é considerado uma forma ligeiramente mais formal, mas ambas as expressões expressam um grande sentimento de respeito.
Utiliza-se na India e no Nepal por hindus, sikhs, jainistas e budistas.
Nas culturas indianas e nepalesas, a palavra é dita no início de uma comunicação verbal ou escrita. Contudo, o gesto feito com as mãos dobradas é feito sem ser acompanhado de palavras quando se despede.
Na ioga, namaste é algo que se dirá ao instrutor e que, nessa situação, significa “sou o seu humilde criado”.Literalmente significa "curvo-me perante ti"; a palavra provém do sânscrito namas, "curvar-se", "fazer uma saudação reverencial", e (te), "te".
Quando dito a outra pessoa, é normalmente acompanhada de uma ligeira vénia feita com as duas mãos pressionadas juntas, as palmas tocando-se e os dedos apontando para cima, no centro do peito.
O gesto também pode ser realizado em silêncio, contendo o mesmo significado. É a forma mais digna de cumprimento de um ser humano para outro.Quando dito a outra pessoa, também poderá significar: "O Deus que há em mim saúda o Deus que há em ti".
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Templo budista em Três Coroas - RS

terça-feira, 2 de junho de 2009

Eu sei mas não devia...



Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.


A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

Marina Colasanti