terça-feira, 27 de abril de 2010
reflexão...
domingo, 25 de abril de 2010
Camille Claudel
Amor e loucura, arte e obsessão: que distância os separa?
Não faço a mínima ideia mas Camille soube. Ela viveu intensamente, ela produziu obras magníficas tendo como fundo a dor do abandono. Abandonada pela família, pelo amor de sua vida, Auguste Rodin, por uma sociedade que não soube compreendê-la à época.
E hoje é diferente? Não cometemos os mesmos erros? Não estamos todos abandonando e abandonados? Quem consegue viver plenamente o amor, a família, o trabalho, a sociedade?
Leia mais sobre a artista em
http://www.pitoresco.com.br/escultura/camille/camille.htm
Veja algumas de suas obras em
http://www.camilleclaudel.asso.fr/pageweb/sculptures.html
sábado, 24 de abril de 2010
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Poesia Visual
Calligrames - Apollinaire
Deixo aqui um site com várias possibilidades... links para sites de artistas que trabalham com arte visual e web arte.
http://www.vispo.com/misc/BrazilianDigitalPoetry.htm
terça-feira, 13 de abril de 2010
O quarto poder
O quarto poder é um quarto. Com vista sobre a cidade que já não o é; sobre as ruas que já o foram; sobre as casas que deixaram de o ser.
O quarto poder é um pai; e um filho tornado órfão por uma bala certeira; errada no alvo, errada na hora, errada no tempo que faz do lugar a morada última de um quotidiano que se extingue.
O quarto poder é um fogo; ingrato nos modos, ousado na fuga, intenso na cor, injusto nas vítimas.
O quarto poder é um mar; um oceano de raiva, um elemento à deriva, uma ausência de razão, um lamento inconsolável, um ímpeto de sobrevivência.
O quarto poder é um sopro; de espada em forma de pena, de penas em forma de espadas, de imperfeitos pretéritos, de distorcidos desejos, de ódios e iras e túmulos, e vidas e mortes e destinos, e estilhaços e condições desumanas.
O quarto poder é um berço; a inocência do dia primeiro, segundo a segundo; o choro e o riso, o siso e o norte, o sol e o sul, o leste e o oeste, os cardeais preciosos que guiam, precisos, o começo da nova vida.
O quarto poder é um voto; um desejo dobrado em quatro, a esperança feita num oito. Promessas, palavras vãs, ínvios caminhos, passos perdidos, leis e normas e regras e o melhor dos países e os oásis e os pântanos, e a pose a pensar na posse, no quero, no tudo, no mando.
O quarto poder é um piano; as teclas o prolongamento do tacto; a pauta a serenidade literária, a mão, silhueta temerária, e a mente, suavemente brilhante, tem na partitura o efeito, e na causa cheia o aplauso.
O quarto poder é um golo; um passe em profundidade; um drible, um truque, um remate, uma falta como se pecado fosse, um alento, um país, uma forma de vitória, a outra forma da derrota.
O quarto poder é uma luta; um jeito de desespero; a tábua do náufrago, os argumentos do facto, o mais dos que têm menos, o menos quando são demais. O quarto poder é um acto; as horas que dele decorrem, as vidas que nele se perdem, as incertezas do dia e a inevitabilidade da noite.
O quarto poder é um arbítrio; um acaso disfarçado, um fogo-fátuo do nada, de tudo a fatalidade, de todos a provação, de muitos a privação, de quem a responsabilidade?
O quarto poder é pergunta; e resposta e mais pergunta, e tese e antítese e síntese; e os dias que hão-de vir, a nobreza do dever, a missão de não esconder, de mostrar, de saber, de fazer saber, de saber fazer, olhar e explicar.
O quarto poder é um quarto. Um quarto revisitado, um pai que é baleado, um fogo inacabado, um mar assim tresloucado, um sopro sentenciado, um berço de novo ocupado, um voto mais uma vez escrutinado, um piano a ser tocado, um golo que é celebrado, uma luta que dá brado, um acto premeditado, um arbítrio incontrolado, uma pergunta no estrado.
O quarto poder é um nome: SIC. O orgulho de poder dizer.
Autoria do jornalista Reinaldo Serrano.
Disponível em http://my.opera.com/RichardCooper/blog/index.dml/tag/Poesia
A morte chega cedo_Fernando Pessoa
Pois breve é toda vida
O instante é o arremedo
De uma coisa perdida.
O amor foi começado,
O ideal não acabou,
E quem tenha alcançado
Não sabe o que alcançou.
E tudo isto a morte
Risca por não estar certo
No caderno da sorte
Que Deus deixou aberto.
Disponível em http://www.revista.agulha.nom.br/pessoa0a.html
domingo, 4 de abril de 2010
Maria Farrar
Maria Farrar - Teatro de bonecos para adultos
Espetáculo inspirado no texto de Bertolt Brecht, queconta a história real, da menina condenada á morte.Aborda temas como o aborto, a violência, a marginalização na infância e adolescência...Desde 1993, o grupo "Julietas e os Metabonecos"vem apresentando o espetáculo "Maria Farrar" emfestivais, eventos, mostras e universidades.O grupo desenvolveu uma linguagem própria de atuação e manipulação, visando adaptar para o teatro de bonecos, o texto impactante de Brecht.Público alvo - adolescentes e adultos
AGRADECIMENTOS IMAGENS/VIDEO: Flávio e Cacá Sena
Disponível em http://www.youtube.com/julietasmetabonecos?gl=BR&hl=pt
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Feliz Páscoa!
Abril de 201o