domingo, 29 de novembro de 2009
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terça-feira, 24 de novembro de 2009
Vitor Ramil e Marcelo Delacroix
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Sobre a caligrafia
Arnaldo Antunes
20/03/2002
Caligrafia.
Arte do desenho manual das letras e palavras.
Território híbrido entre os códigos verbal e visual.
— O que se vê contagia o que se lê.
Das inscrições rupestres pré-históricas às vanguardas artísticas do século XX.
Sofisticadamente desenvolvida durante milênios pelas tradições chinesa, japonesa, egípcia, árabe.
Com lápis, pena, pincel, caneta, mouse ou raio laser.
— O que se vê transforma o que se lê.
A caligrafia está para a escrita como a voz está para a fala.
A cor, o comprimento e espessura das linhas, a curvatura, a disposição espacial, a velocidade, o ângulo de inclinação dos traços da escrita correspondem a timbre, ritmo, tom, cadência, melodia do discurso falado.
Entonação gráfica.
Tais recursos constituem uma linguagem que associa características construtivistas (organização gráfica das palavras na página) a uma intuição orgânica, orientada pelos impulsos do corpo que a produz.
Assim como a voz apresenta a efetivação física do discurso (o ar nos pulmões, a contração do abdómen, a vibração das cordas vocais, os movimentos da língua), a caligrafia também está intimamente ligada ao corpo, pois carrega em si os sinais de maior força ou delicadeza, rapidez ou lentidão, brutalidade ou leveza do momento de sua feitura.
A irregularidade do traço denuncia o tremor da mão. O arco de abertura do braço fica subentendido na curva da linha. O escorrido da tinta e a forma de sua aborção pelo papel indicam velocidade. A variação da espessura do traço marca a pressão imprimida contra o papel. As gotas de tinta assinalam a indecisão ou precipitação do pincel no ar.
Rastos de gestos.
A própria existência de um saber como o da grafologia, independentemente de sua finalidade interpretativa sobre a personalidade de quem escreve, aponta para a relevância que podem ter os aspectos formais que, muitas vezes inconscientemente, constituem a "letra" de uma pessoa.
O atrito entre o o sentido convencional das palavras (tal como estão no dicionário) e as características expressivas da escritura manual abre um campo de experimentação poética que multiplica as camadas de significação.
Além disso, suas linhas, curvas, texturas, traços, manchas e borrões, mesmo que ilegíveis, ou apenas semi-decifráveis, podem produzir sugestões de sentidos que ocorrem independentemente do que se está escrevendo, apenas pelo fato de utilizarem os sinais próprios da escrita.
O A grávido de O.
Érres e ésses atacando Es.
A multiplicação de agás.
Rios de Us e emes e zês.
Esqueletos de signos fragmentados.
Dança de letras sobrepostas possibilitando diferentes leituras.
Paisagens.
Horizontes ou abismos.
domingo, 22 de novembro de 2009
"Com luz demais não se vê nada"
sábado, 21 de novembro de 2009
Bienal do Mercosul
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Livros mais vendidos na Feira
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Dia da Gentileza na Escola Gentil
Nossa Escola se chama Gentil e no dia da Gentileza realizamos nosso Projeto de Leitura que já tem 6 anos de existência, o PROJETO LER É ARTE. Trata-se de um projeto de incentivo à leitura e as Artes. Quem quiser pode acessar o blog do Projeto e dar uma conferida na construção e realização do mesmo no site http://projetolerearte.blogspot.com/ Tenham certeza de que ficaremos muito felizes com sua visita. O poema abaixo é uma homenagem ao Dia da Gentileza e é do poeta Mário Quintana, que dá nome a biblioteca de nossa Escola.
Esperança
Mário Quintana
Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...
Texto extraído do livro "Nova Antologia Poética", Editora Globo - São Paulo, 1998, pág. 118.
Disponível em http://www.releituras.com/mquintana_esperanca.asp Essa é minha contribuição para o dia da Blogagem Coletiva pela Gentileza.
Namastê
Sônia Maris
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Gentileza: Blogagem coletiva
"Queridas pessoas, Crianças Pagãs pretende gerar uma blogagem coletiva sobre a "Gentileza" de forma sincera, simples e verdadeira.Inspiradas no exemplo de vida e atitude de José Datrino, o Profeta Gentileza, decidimos levar em frente a idéia desta blogagem.
As convido a somar nesse pequeno projeto.Aproveitando a energia que o fim de ano traz de amor, doação e amizade.
Como fazer parte?Divulgando a idéia da Blogagem Coletiva "Gentileza". Apoiando.Blogando sobre o tema. Que é amplo e com mil leituras, cada ser humano encerra em si conceitos diversos quanto ao como compreende e apreende a Gentileza, indo do espiritual ao concreto.
O dia marcado para essa blogagem é o 13 de novembro, é uma boa data para congregar a Blogosfera em torno a um valor humano atemporal, necessário, ecumênico e sempre bem-vindo. Por ser também dia mundial da Gentileza, Evento promovido pela Associação Brasileira de Qualidade de Vida, representante da World Kidness Movement.
Contamos com vocês, nossos leitores, seguidores e amigos.Ao lado deste post encontrarão o código do button.Deixe depois um comentário neste post afim de que possamos citar sua blogagem dia 13.
Crianças Pagãs
PS.: Para ler, saber mais sobre essa "rara" Gentileza visite o Semente Sagrada."
Disponível em http://criancapaga.blogspot.com/
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Jacarandás em flor
Existe algo mais belo do que a natureza quando se abre em flor? Dúvido...
E todo ano é assim, quando chega a primavera, chega também a Feira do Livro de Porto Alegre.
O espetáculo dos livros, das pessoas e das flores é incrível...
Foto dos toldos da Feira do Livro cobertos pelas flores dos Jacarandás, feita por Michele Silva
Disponível em http://www.flickr.com/photos/michelesilva/1806296784/
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Guimarães Rosa
domingo, 8 de novembro de 2009
Arte... não tem preço!
La mort d'OphélieErnest Legouvé/Berlioz/Bartoli/Myung-Whun Chung
"Amor e Psique" de August Rodin
A exposição do Rodin no MASP trouxe muito mais do que a obra de um artista incrível.
Trouxe também algumas lembranças e, junto com ela, algumas sensações.
Em 2002, numa mostra no MARGS, intutilada "Paris 1900" tive o privilégio de ver de perto uma das obras de Rodin: "Amor e Psique" . A peça era pequena e estava protegida por uma vitrine reforçada, mas mesmo transmitia uma beleza impressionante.
Outra obra que me marcou profundamente pela sua intensidade e expressão, nessa mesma exposição, foi a "Ophelia" obra de ... (não sei de quem é). Essa uma tela que parecia ter uns dois metros de altura... lindíssima. Não sei se era a luz ou o clima em torno, mas foi emocionante ver essa tela e imaginar Hamlet se lamentando...
Esse tipo de sensação "não tem preço".
sábado, 7 de novembro de 2009
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Previsões astrológicas para escorpião 2010
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Porto Alegre é Monstruosa?
Desde que Marcel Duchamp, um ex-artista cubista, francês de nascimento que escolheu os Estados Unidos como residência, mandou um urinol para ser exposto numa galeria de Nova York e, quase em seguida, em 1915, montou uma roda de bicicleta equilibrada sobre um pequeno banco e a fez passar por obra de arte, abriu-se a Caixa de Pandora dos horrores estéticos que a partir de então invadiram o cenário das exposições de arte.
*Historiador