segunda-feira, 18 de março de 2013

Odisseia

Hermes e Athena, c. 1585, Fresco Castle, Prague

Durante os últimos quatro anos e meio estive envolvida em um projeto, que a alguns pode parecer de fácil resolução, mas que para mim, com meu histórico de (in)disciplina foi dificílimo. 

Tempo de pensar sobre a vida, a arte, os (des)amores, as escolhas feitas e sobre o caminho navegado e o caminho a seguir.

Acostumada a  ter o controle da situação, de saber onde e quando chegar aos meus objetivos, deparei-me com algo insólito: o leme não estava em minha mãos. 

Por mais que quisesse e me esforçasse, não dependia mais de mim, tudo que pude fazer foi deixar que o vento e as marés me conduzissem ao seu sabor por todo esse tempo. 

Porém, como toda tempestade, um dia ela acaba... e esse é o caso.

Com a ajuda dos deuses do Olimpo, ou não, chego ao fim dessa jornada tal qual Ulisses em sua odisseia, contabilizando as marcas na corpo e na alma deixadas pelas lutas com monstros reais e imaginários, os amigos mortos e feridos ao longo da viagem, as conquistas ínfimas, o tempo ganho ou perdido. 

Que a deusa Athena me proteja!



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