Hermes e Athena, c. 1585, Fresco Castle, Prague
Tempo de pensar sobre a vida, a arte, os (des)amores, as escolhas feitas e sobre o caminho navegado e o caminho a seguir.
Acostumada a ter o controle da situação, de saber onde e quando chegar aos meus objetivos, deparei-me com algo insólito: o leme não estava em minha mãos.
Por mais que quisesse e me esforçasse, não dependia mais de mim, tudo que pude fazer foi deixar que o vento e as marés me conduzissem ao seu sabor por todo esse tempo.
Porém, como toda tempestade, um dia ela acaba... e esse é o caso.
Com a ajuda dos deuses do Olimpo, ou não, chego ao fim dessa jornada tal qual Ulisses em sua odisseia, contabilizando as marcas na corpo e na alma deixadas pelas lutas com monstros reais e imaginários, os amigos mortos e feridos ao longo da viagem, as conquistas ínfimas, o tempo ganho ou perdido.
Que a deusa Athena me proteja!
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