domingo, 8 de julho de 2012

Projeto: Arte Contemporânea:novas linguagens



Arte Contemporânea: novas linguagens

Sônia Maris Rittmann


Hélio Oiticica e Neville D’Almeida, Cosmococa 5 Hendrix War, 1973,
projetores, slides, redes, trilha sonora (Jimi Hendrix) e equipamento de áudio, dimensões variáveis, foto: Eduardo Eckenfels


“O mundo contemporâneo não pode mais ser pensado como uma plantação
(onde cada planta tem sua raiz) porque ele está em rede.
Identidades migratórias,relações estáveis e instáveis.” Fernando Cocchiarale


1. O Projeto:
“Arte Contemporânea:novas linguagens”
O presente projeto foi pensado a partir das observações em sala de aula da uma turma de 1º ano do Ensino Médio Politécnico, de alguns diálogos estabelecidos com a professora Roselaine Fontana Albino, regente de Artes da turma, e da orientação da tutora à distância Marta Ramos Collares. O projeto visa não apenas atender ao cronograma da disciplina de Estágio de Docência Supevisionado, sob orientação da coordenação da Andréa Hofstaetter, como também, provocar de alguma forma construções significativas que possam contribuir para que os alunos possam compreender, mesmo que minimamente, a relação entre a Arte e o mundo em que estão inseridos, levando em conta seus interesses, conflitos e paradoxos.

2. Público alvo:
O projeto deverá ser aplicado na EEEB Profº Gentil Viegas Cardoso, em Alvorada-RS, em uma turma de 1º ano do Ensino Médio Politécnico, com 45 alunos matriculados, sendo 18 meninas e 27 meninos, com idades que variam de 15 e 18 anos, sendo que um aluno especial se encontra fora dessa faixa etária, tendo 21 anos. Trata-se de jovens, filhos de trabalhadores que saem todas as manhãs para trabalhar na capital, Porto Alegre, e deixam os jovens por sua própria conta, responsáveis pela casa e pelos irmãos mais novos. Apesar de todas as dificuldades, são jovens que ávidos por novidades, que interagem com o mundo que o cercam, que querem sempre mais e querem fazer parte das decisões a seu respeito, que gostam de se divertir, conversar, interagir com seus amigos e com o mundo. Jovens de seu tempo, conectados ao mundo virtual, sempre conectados aos seus celulares, acessam as redes sociais com certa freqüência e gostam muito de atuar. A rua é o seu palco. O mundo do trabalho é uma preocupação que começa a fazer parte de sua rotina, o futuro parece incerto e assustador. Seus projetos de vida estão começando a serem construídos nesse momento.

3.Justificativa do Projeto


"(...)Todos os acontecimentos envolvem pequenas revelações,
pausas que interrompem o fluxo e a solidez da realidade,
momentos em que a fluência da vida adquire um sentido renovado.
 Realmente estou convencido de que existem dinâmicas sociais
 que nos fazem manter a perspectiva de uma convivência mais justa e rica,
para além das palavras de ordem e dos movimentos estritamente políticos.
E esses acontecimentos singelos são apenas a manifestação fugidia desses processos mais amplos(...)"
Rodrigo Naves¹

Qualquer projeto de arte deveria levar em consideração que é preciso gostar de aprender arte. Para que isso ocorra, faz-se necessário que sejam oportunizadas situações educativas para que todos desenvolvam esse “gostar de arte”. A proposta de trabalhar com a Arte Contemporânea: as novas linguagens pretende incentivar os alunos a estabelecer relações entre arte, cultura e vida pessoal através de um universo desafiador que se impõe cotidianamente e que precisa ser vencido. Ultrapassar a experiência cotidiana, cheia de limitações e incertezas, e perceber que podemos, como cidadãos, criativos, sensíveis, sermos capazes de apreciar, fazer e contextualizar arte é o grande desafio do presente projeto.

Pensar a Arte Contemporânea a partir do tripé proposto por Ana Mae Barbosa: apreciação (ver), produção (fazer) e contextualização (estabelecer relações). Seguindo um roteiro que parte da apreciação estética de obras de arte (reproduções), passando pela leitura de imagens e pesquisa da Arte Contemporânea; desenvolver um projeto de trabalho (desenvolvimento de uma poética pessoal), que tanto pode ser individual como coletivo, que leve em conta as novas linguagens em arte em contrapartida ao mundo real e cotidiano, estabelecendo relações (contextualizando) entre o vivido e o desejado, entre a rotina repetitiva de seus mundos particulares e a realidade contemporânea tão rica e desafiadora, tanto do ponto de vista estético como afetivo; refletir sobre a produção individual e coletiva, de forma a tentar superar os desafios impostos pelos materiais trabalhados e pela vida, traçando planos para que se possa sonhar com transformações significativas em seus projetos de vida.

Penso que podemos aproveitar os estudos da Arte Contemporânea, a partir do termo pós-modernismo amplamente utilizado para designar o contexto atual e que ainda gera bastante controvérsia entre os estudiosos do período, para compreendermos os paradoxos da vida contemporânea. Tentar estabelecer as relações possíveis entre uma arte que nos traz como uma das suas características “o desafio da interpretação de uma ideia, de uma crítica, de uma denúncia”. A proposta é aproveitar a arte como uma ferramenta que possa instigar os alunos, jovens que querem interagir, participar, decidir seu próprio caminho, a observar o mundo e refletir sobre o ambiente em que vivem, a violência, as vicissitudes da vida de forma que possa ser extremamente estimulante. A proposta de trabalhar com o tema, colocando em destaque os paradoxos da vida, parece-me ser um caminho possível de ser trilhado. 


4.Tema Central

O tema-conteúdo do Plano de Aula, Arte Contemporânea, foi sugerido pela professora da turma com o intuito de dar continuidade ao Plano de Estudos da disciplina, que segundo a professora sempre fica relegado a um segundo plano, e que não poucas vezes deixa de ser trabalhado por falta de tempo. Dentro da Arte Contemporânea, através dos relatos dos alunos da turma, por serem eles muito participativos e demonstrarem bastante interesse em atividade ao ar livre e de contato com a rua e a atuação penso em intervenções artísticas. A proposta de situação de aprendizagem propõe uma seqüência de apreciação-pesquisa-produção-reflexão a partir do diálogo entre as diferentes linguagens da arte conceitual (objeto, instalação, intervenção, performance, vídeo-arte, etc.) com uma proposta final de criação coletiva de uma intervenção, tendo como foco principal a Arte Contemporânea, que deve ser entendida como:

(...) um campo complexo e interdisciplinar de operações, materialidades e proposições poéticas que vez por outra colocam em xeque a noção romântica de artista e a concepção burguesa de arte ligada à beleza, ao mercado, ao circuito de arte e ao colecionismo. Em dado momento da história, o ato artístico como ato político ficou mais evidente, desencadeando uma valorização dos processos artísticos e conferindo efemeridade ao que se passou a chamar de obra.Temos então os adventos do happening, da perfomance, da arte conceitual, da arte-processo, das ocupações urbanas, etc.”²


4. Objetivo Geral


O presente projeto pretende oportunizar situações educativas para que todos (os envolvidos) desenvolvam um “gostar de arte”, a partir do estudo da Arte Contemporânea e suas novas linguagens, onde a apreciação, a produção e a contextualização sejam por eles “experienciadas”, promovendo a reflexão, o estabelecimento das relações possíveis entre arte, cultura e sua vida cotidiana e a percepção, de si mesmos, como parte integrante deste contexto.

5. Objetivo Específico

Penso que podemos aproveitar os estudos de Arte Contemporânea e as novas linguagens da arte para que o aluno busque:

  • Compreender os paradoxos da vida contemporânea;
  • Estabelecer as relações possíveis, através de pesquisa e apreciação de imagens;
  • Formar um repertório da produção poética visual através das novas linguagens da Arte Contemporânea, muito especificamente com a instalação;
  • Ler, compreender, refletir, expressar e fazer arte a partir da experimentação com a Arte Contemporânea.
  • Vivenciar e explorar as novas possibilidades das linguagens da Arte Contemporânea;
  • Conhecer e explorar materiais alternativos, instrumentos e procedimentos necessários ao trabalho artístico com as novas estéticas (Arte Conceitual, Arte Ambiental, Performance, Videoarte, Objeto, Intervenção e Instalação)



6. Conteúdos abordados

Penso em abordar a Arte Contemporânea a partir do entendimento da arte como forma de produção e reprodução cultural, que deve ser compreendida a partir do contexto cultural, político e social em que se insere. Assim sendo, a Arte Contemporânea pode ser compreendida a partir da investigação do conceito pós-modernista, que trata de derrubar as barreiras que a sociedade criou em torno da arte “elitista”. A Arte Contemporânea vista como reflexo da sociedade pós-moderna em que se vive, inserida e influenciada por tudo que a circunda, atuando como forma de crítica cultural, manifestando-se sobre o que vive. O múltiplo, o ecletismo, a pluralidade, as muitas possibilidades de leitura e interpretação de uma obra de arte contemporânea, os significados que devem ser buscados e referenciados tanto no presente como no passado.
“A cena contemporânea - que se esboça num mercado internacionalizado das novas mídias e tecnologias e de variados atores sociais que aliam política e subjetividade (negros, mulheres, homossexuais etc.) - explode os enquadramentos sociais e artísticos do modernismo, abrindo-se a experiências culturais díspares. As novas orientações artísticas, apesar de distintas, partilham um espírito comum: são, cada qual a seu modo, tentativas de dirigir a arte às coisas do mundo, à natureza, à realidade urbana e ao mundo da tecnologia. As obras articulam diferentes linguagens - dança, música, pintura, teatro, escultura, literatura etc. -, desafiando as classificações habituais, colocando em questão o caráter das representações artísticas e a própria definição de arte. Interpelam criticamente também o mercado e o sistema de validação da arte.”³

Pensando a partir dessa nova configuração de cenário artístico e cultural, alguns artistas não podem faltar na proposta de trabalho que tenha como foco a Arte Contemporânea. Penso muito especialmente em Christo & Jeanne-Claude, Eduardo Srur, Helio Oiticica, Cildo Meireles, Tunga, Nuno Ramos, Carlos Fajardo, Nelson Leirner...  Da mesma forma as BIENAIS tanto a do MERCOSUL como as de São Paulo são referências fundamentais para o estudo em Arte Contemporânea.

7. Procedimentos e metodologias

Pensar a Arte Contemporânea a partir do tripé proposto por Ana Mae: apreciação (ver), produção (fazer) e contextualização (estabelecer relações). Seguindo um roteiro que parte de uma sensibilização dos sentidos através da apreciação da música e do vídeo, passa pela apreciação estética de obras de Arte Contemporânea (reproduções em Powerpoint), a leitura de imagens (roteiro em anexo), a pesquisa da Arte Contemporânea, em pesquisa no Laboratório de Informática e/ou a partir de materiais concretos (livros, folders, encartes das Bienais, materiais educativos, etc.) o desenvolvimento de um projeto de trabalho (desenvolvimento de uma poética pessoal), que tanto pode ser individual como coletivo, que leve em conta o universo poético pessoal em contrapartida ao mundo real e cotidiano, estabelecendo relações (contextualizando) entre o que se deseja para as suas vidas, entre a dureza da vida e as necessidades cotidianas de todos nós, tanto do ponto de vista estético como afetivo; refletir sobre a produção individual e coletiva, de forma a tentar superar os desafios impostos pelos materiais trabalhados e pela vida, traçando planos para que se possa ser protagonista das mudanças desejadas e se alcance transformações significativas em seus projetos de vida.

8. Cronograma de desenvolvimento das aulas
Os encontros deverão ocorrer às quartas-feiras, das 11h15min às 12h, em um período semanal, de 25/04/2012 a 12/06/2012.

8.1. Plano de aula do 1º encontro dia
Sensibilização através dos sentidos (Observação sensível do olhar, do sentir, do ouvir...) a partir da música “Bienal” de Zeca Baleiro.
Recepcionar os alunos com a música em uma sala em que as classes tenham sido previamente arranjadas em uma disposição fora do convencional. Podem ser empilhadas, de pernas pro ar, formando pequenos caminhos estreitos, formando labirintos (talvez com alguns espelhos)... No chão, coberto de papel pardo, as marcas dos pés dos alunos vão deixando rastros, marcas não observadas na correria do dia-a-dia, mas que agora se materializam e são perceptíveis. Pensar sobre isso. Por onde eu vou? Qual o meu caminho? Consigo separar o meu caminho dos caminhos dos colegas? Coletivos? Quais as minhas escolhas? Questões diversas que podem ir se formando a medida que caminhamos em direção ao futuro...Pensar qual seria esse futuro?
Disponibilizar canetas, lápis de cor, tintas e solicitar que anotem suas impressões, inquietações, ideias...Quem sou eu? Para onde vou?
No final da aula, disponibilizar aos alunos uma cópia da letra da música “Bienal” de Zeca Baleiro e do site do artista.

8.2. Plano de aula do 2º encontro dia

            A segunda aula se dará na Sala de Vídeo, espaço com recursos de datashow, telão, caixa amplificada, dvdplayer, cadeiras confortáveis e ar-condicionado. Esse espaço, fora da sala de aula convencional, é muito bem visto pelos alunos, tanto pelos recursos, como pelo deslocamento, a mudança de ares, que torna qualquer aula em um evento. Nesse espaço pretende-se que os alunos assistam aos vídeos:  “O que é arte contemporânea?” e “Isto é Arte?”, depois, participem de um debate sobre o que eles observaram e anotaram em seus diários. A ideia é fazer alguns questionamentos que permitam que os alunos percebam a ligação entre a proposta da primeira aula com a música “Bienal” com a arte contemporânea, despertando para experiências estéticas que os possibilitem perceber as articulações de sentido nessa nova linguagem e o contexto atual.
Reflexões a partir dos vídeos:
*Assistir o vídeo “ O que é Arte Contemporânea?” (5’28”) Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=xClU8ZSObqs 
e o vídeo “Isto é arte?” Itaucultural (12’39”)da coleção artenaescola. Disponível na biblioteca da escola.

Essas anotações deverão ser individuais e realizadas em seus diários pessoais e servirão tanto ao debate como mais tarde poderão ser socializadas através de fotos no mural. A ideia é que cada um comece a refletir sobre o que pensa sobre arte contemporânea, liste suas dúvidas (O que é arte? Para que serve? A arte contemporânea tem algo a ver com a realidade e o nosso cotidiano? Etc...) e faça suas próprias descobertas e compartilhe com os colegas e o professor. Espera-se que os alunos possam construir um conceito de arte contemporânea e de instalação, a partir das discussões e reflexões socializadas no grupo.

8.3. Plano de aula do 3º encontro dia
Apreciação de imagens slides (PowerPoint) sobre a Arte Contemporânea e as novas linguagens da Arte Contemporânea (vídeoarte, instalação, intervenção, performance, etc.).
Pesquisa sobre Arte Contemporânea a ser realizada fora da sala de aula, no laboratório de Informática (lista de sites e referências em anexo) ou na biblioteca da escola, que poderá ser realizada em pequenos grupos. Trazer materiais da pesquisa para sala de aula para apresentação e discussão com os colegas na próxima aula. Escolher um dos artistas apresentados em aula (Christo & Jeanne-Claude, Eduardo Srur, Helio Oiticica, Cildo Meireles, Tunga, Nuno Ramos, Carlos Fajardo e Nelson Leirner) para aprofundar os estudos da Arte Contemporânea, já pensando em um projeto que venha a ser desenvolvido por cada grupo.
Os materiais de pesquisa concretos (encartes, folders, livros, catálogos, pranchas de imagens, impressos, etc.) e virtuais (notebook com acesso à Internet) deverão ficar sempre à disposição de todos nas aulas para que todos possam se apropriar dos conceitos, das poéticas e dos artistas, e possam elaborar e aprimorar suas propostas de trabalho, seus projetos pessoais ou coletivos, de forma mais tranquila.

8.4. Plano de aula do 4º encontro dia
Apresentação das Propostas dos Projetos a serem desenvolvidos com foco na Arte Contemporânea: novas linguagens.
Formação de pequenos grupos de trabalho. Cada grupo poderá optar pela linguagem que mais lhe chamou atenção (vídeoarte, instalação, intervenção, performance, etc.)
Escolha dos temas, nomes dos Projetos e do local onde serão realizados? Poéticas a serem desenvolvidas pelos grupos? Orientação nos pequenos grupos.
Solicitar que os alunos façam desenhos, esboços dos Projetos que eles gostariam de construir. Os desenhos podem ser individuais, coletivos, como eles se sentirem mais à vontade para realizar. Combinar de escolher os desenhos-projetos a fim de que na próxima aula sejam desenvolvidos pelos grupos de alunos para apresentação aos colegas.
Lembrar aos alunos que todo processo deve ser documentado visualmente (foto ou vídeo) e por escrito através de diários de bordo.

8.5. Plano de aula do 5º encontro dia
Confecção de um mural com os desenhos-projetos dos grupos.
Discussão sobre os materiais e ajustes que deverão ser feitos para concretização dos trabalhos, em que todos os grupos poderão ajudar a encontrar soluções para a realização dos projetos.
Elaboração dos projetos e elenco dos materiais que poderão ser utilizados, busca de soluções...Dicas, ajustes que podem fazer com os trabalhos fiquem mais interessantes do ponto de vista artístico.

8.6. Plano de aula do 6º encontro dia
Tempo para últimos ajustes e definição dos detalhes dos projetos para apresentação aos colegas.
Escolha de um nome para a Mostra de Projetos.
Escolha de um grupo que deverá encarregar-se da divulgação da Mostra de Projetos (Internet, escola, bairro ?)

8.7. Plano de aula do 7º encontro dia
Montagem da Mostra dos Projetos que deverá ser aberta à comunidade escolar.

8.8 Plano de aula do 8º encontro dia
Montagem de um mural de fotos do making-off do Projeto e da Mostra de Projetos com fotos, vídeos, depoimentos, escritos, etc.
Avaliação do Projeto pelo grupo de alunos e pelo professor.

9. Recursos de ensino

Os recursos utilizados na execução do Projeto de Estágio serão os disponibilizados pela escola: datashow na sala de vídeo e materiais selecionados na biblioteca: materiais de pesquisa concretos (DVDs, encartes, folders, livros, catálogos, pranchas de imagens, impressos, etc.) e virtuais (notebook com acesso à Internet);  algumas cópias xerocadas com informações, dicas de sites e referência para pesquisas; os materiais solicitados aos alunos durante o percurso das aulas e conforme a necessidade de elaboração de seus projetos, além do PowerPoint com as imagens das obras, elaborado exclusivamente para esse Projeto e da utilização do espaço virtual do blog do Projeto Ler é Arte http://projetolerearte.blogspot.com.

10. Socialização do trabalho

Os trabalhos originais dos alunos deverão fazer parte da mostra do PROJETO LER É ARTE, no mês de outubro e de uma mostra para pais, alunos, professores e comunidade, na semana de encerramento do estágio. Além disso, conforme exposto anteriormente, os mesmos serão fotografados e filmados para postagem no blog http://projetolerearte.blogspot.com para apreciação de todos tão logo fiquem prontos. Antes de serem apresentados ao público, devem ser apreciados pela turma e servir de mote para se pensar o processo criativo que envolveu alunos, professor, mundo real, imaginação e obra. Nesse diálogo os alunos poderão pensar coletivamente sobre os erros e acertos com relação aos materiais, ao que eles estavam propondo, ao que poderia ter sido feito de outra forma, aos objetivos que eles traçaram para seu projeto, sobre como eles gostariam que suas criações fossem expostas. Enfim, refletir sobre os passos que envolvem a produção artística.

11. Avaliação

Penso que a avaliação deva ser um processo constante de reflexão sobre o que se aprende e o como se aprende; um caminho de mão dupla, portanto, que além do crescimento individual deve levar em conta uma auto-avaliação do aluno e sua percepção de aprendizagem. Para que isso fique devidamente documentado, além das fotografias e vídeos, serão utilizadas as próprias anotações nos diários de bordo e reflexões dos alunos que servem como Portfólio de artes e como referência do que foi aprendido durante as aulas, além, é claro, das anotações feitas pelo professor a partir da observação do que os alunos produziram e do como eles produziram.

12. Referências:
BARBOSA, Ana Mae. (Org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002.
COCCHIARELI, Fernando.Quem tem Medo da Arte Contemporânea? 2003, Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, p.71

CORAZZA, Sandra. Planejamento de Ensino. Disponível em http://moodle.regesd.tche.br/mod/resource/view.php?id=16609 Acesso em 09/10/2011.
HERNANDEZ, Fernando, Cultura Visual, mudança educativa e projeto de trabalho. Porto Alegre: Artmed, 2000.
Acesso em Acesso em 01/10/2011.
MARTINS, Miriam Celeste. Projetos em Ação no Ensino de Arte. Disponível em http://moodle.regesd.tche.br/mod/resource/view.php?id=16608 Acesso em 09/10/2011.
¹NAVES, Rodrigo. Arte e Vida: Flagrantes e reflexões. texto completo disponível em ESTADÃO:CULTURA
ORLANDI, Eni P. Interpretação: autoria, leitura e os efeitos do trabalho simbólico. São Paulo: Vozes, 1996.
PARSONS, Michael J. A arte como modelo de compreensão. Arte & Educação em revista, Porto Alegre, v. 4, n. 3, p. 61-69, out. 1997.
Vídeos:
 “ O que é Arte Contemporânea?” (5’28”) Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=xClU8ZSObqs
“Isto é arte?”( 12’39”) Itaucultural.. DVD arte na escola.Disponível na biblioteca da escola.
“Todo o passado dentro do presente” Disponível em www.artenaescola.org.br
Jogo interativo “O que é Arte?” Disponível em http://www.itaucultural.org.br/istoearte/index.html

Principais artistas contemporâneos a serem trabalhados no projeto:

Christo & Jeanne-Claude  http://www.christojeanneclaude.net/

Tunga



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