Escher...
A primeira impressão que tive sobre Lisboa foi a de estar em um
labirinto criado por Jorge Luis Borges ou em desenho de Escher. Pode ser só uma sensação devido aos inúmeros e
intrincados percursos feitos a pé e de bondinho, chamados pelos portugueses de
elétricos. Desde o primeiro instante senti-me desorientada, andando em círculo,
com uma forte sensação de que acabava sempre no mesmo ponto de onde havia
partido. Quando andei de carro essa sensação piorou. Nosso motorista nos disse,
muito claramente, que as ruas de mão única, somadas às colinas e as ruas
estreitas, os prédios grudados uns aos outros - sem muito espaço para que o céu
desse o ar da graça - faziam com que andássemos realmente em círculos e
aumentasse meu desespero. Pensava em deixar migalhas de pão pelo caminho, tal
qual João e Maria, mas lembrava das pombas, que não eram poucas e fariam meu
plano fracassar... Ou talvez desenrolar um fio do novelo de Ariadne... Nada
disso. O tempo passou e com a ajuda de minhas amigas consegui retornar (quase)
sã e salva a minha casinha no Brasil. A cabeça ainda gira (não a “gira”
portuguesa, mas a brasileira). Preciso de tempo para assimilar essas e outras ideias. As imagens estão sendo processadas...As histórias, idem. Fotos em breve. Abraços.
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