terça-feira, 15 de maio de 2012

Cultura Visual


 Art Shay - Simone de Beauvoir - 1952*
Images&Visions
Antes de participar desse fórum, assisti o DVD do Saggese, li o relato do site arte na escola e, principalmente, li os fóruns das semanas anteriores.

Creio que um dos grandes méritos e, talvez, um dos pontos de conexão entre o DVD, o relato da professora e os fóruns possa ser a questão de que tudo deve partir de uma pergunta. “Me interessa questionar...” (Saggese).  Não ter certezas absolutas, questionar suas “verdades” é sempre um bom começo. Pensar na sua realidade, no que move os nossos alunos é fundamental para qualquer projeto, Pensar a realidade,  o contexto, a história, as tradições de cada região é pensar um projeto que tem muitas chances de ser realmente significativo.

Acrescento à discussão que ao pensar a questão da (an)estesia provocados pela cultura e pelos saberes que nos cercam e em quantos deles são produtos genuinamente regionais, quantos são incentivados pela mídia em determinadas épocas e por interesses financeiros, que massifica e nos leva a tratar arte e cultura apenas como produto de “consumo”, com valor diretamente relacionado ao sua aceitação pela população ávida por novidade. Trabalhar a questão da Cultura Visual pode ser um caminho... Fico preocupada quando a solução é “proibir” determinadas imagens em sala de aula...Creio que o caminho deveria ser a discussão dessas imagens. Uma colega, em um dos fóruns citou que não levaria o DVD do antônio Saggesse para a sala de aula por causa da nudez e do cigarro... Fico me perguntando, será que essa não seria uma oportunidade de discutir essas questões de forma democrática, sem pré-conceitos, talvez com uma desmistificação dessas questões, que talvez os nossos alunos consumam (ou não), mas que dificilmente poderão ser discutidas em outro ambiente? Não tenho as respostas...só as perguntas...

Difícil de resolver essas questões, difícil para o professor, no interior, isolado, em uma sala de aula, muitas vezes com recursos de trabalho bastante precários, encarar a “máquina” com o toquinho de giz...Penso que muitas vezes, questionamos e fazemos críticas aos colegas professores, que acabam optando pelo caminho mais fácil, já trilhado, já pensado, por que não vivemos na pele deles, não conhecemos as suas realidades, as dificuldades enfrentadas...Penso que devemos criticar menos e tentar ajudar mais...Não me perguntem como, não tenho respostas... Procuro pelas respostas, como todos. Estou aberta ao diálogo.

Sou fã incondicional das tecnologias como forma de democratizar conhecimentos e socializar experiências.  Creio que esse pode ser um dos muitos caminhos...Existem outros.  

* Essa foto foi censurada pelo facebook na internet em pleno ano de 2011... 
Eu pergunto: não é para se pensar no assunto?

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