Antes de participar desse fórum, assisti o DVD do Saggese, li o
relato do site arte na escola e,
principalmente, li os fóruns das semanas anteriores.
Creio que um dos grandes méritos e, talvez, um dos pontos de
conexão entre o DVD, o relato da professora e os fóruns possa ser a questão de
que tudo deve partir de uma pergunta. “Me
interessa questionar...” (Saggese). Não
ter certezas absolutas, questionar suas “verdades” é sempre um bom começo. Pensar
na sua realidade, no que move os nossos alunos é fundamental para qualquer
projeto, Pensar a realidade, o contexto,
a história, as tradições de cada região é pensar um projeto que tem muitas
chances de ser realmente significativo.
Acrescento à discussão que ao pensar a questão da (an)estesia
provocados pela cultura e pelos saberes que nos cercam e em quantos deles são
produtos genuinamente regionais, quantos são incentivados pela mídia em
determinadas épocas e por interesses financeiros, que massifica e nos leva a
tratar arte e cultura apenas como produto de “consumo”, com valor diretamente
relacionado ao sua aceitação pela população ávida por novidade. Trabalhar a
questão da Cultura Visual pode ser um caminho... Fico preocupada quando a solução
é “proibir” determinadas imagens em sala de aula...Creio que o caminho deveria
ser a discussão dessas imagens. Uma colega, em um dos fóruns citou que não levaria
o DVD do antônio Saggesse para a sala de aula por causa da nudez e do cigarro... Fico me
perguntando, será que essa não seria uma oportunidade de discutir essas questões
de forma democrática, sem pré-conceitos, talvez com uma desmistificação dessas
questões, que talvez os nossos alunos consumam (ou não), mas que dificilmente
poderão ser discutidas em outro ambiente? Não tenho as respostas...só as
perguntas...
Difícil de resolver essas questões, difícil para o professor, no
interior, isolado, em uma sala de aula, muitas vezes com recursos de trabalho bastante
precários, encarar a “máquina” com o
toquinho de giz...Penso que muitas vezes, questionamos e fazemos críticas aos
colegas professores, que acabam optando pelo caminho mais fácil, já trilhado, já
pensado, por que não vivemos na pele deles, não conhecemos as suas realidades,
as dificuldades enfrentadas...Penso que devemos criticar menos e tentar ajudar
mais...Não me perguntem como, não tenho respostas... Procuro pelas respostas, como todos. Estou aberta ao diálogo.
Sou fã incondicional das tecnologias como forma de democratizar
conhecimentos e socializar experiências. Creio que esse pode ser um dos muitos
caminhos...Existem outros.
* Essa foto foi censurada pelo facebook na internet em pleno ano de 2011...
Eu pergunto: não é para se pensar no assunto?
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